Você foi chamado(a) para uma entrevista de emprego ou precisa apresentar um trabalho na…
O conhecimento pode mudar sua vida
Estive pensando sobre minhas reações: minha tendência a preocupar-me em demasia, a ser super-perfeccionista e a ficar ansiosa diante de qualquer imprevisto. Ao refletir sobre tudo isso, estimulada, é claro, por um daqueles imprevistos do cotidiano, me dei conta da importância do conhecimento para lidarmos com a alta sensibilidade.
E não estou falando do autoconhecimento e da auto-observação tão necessários nesta tarefa de integrar a sensibilidade e aprender a conviver alegremente com ela. Não, estou falando daquele conhecimento inicial, genérico, que simplesmente nos informa que a alta sensibilidade é real e é uma característica compartilhada por muitas pessoas.
Digo isso porque eu costumava piorar (e muito) a minha preocupação ou ansiedade, acrescentando-lhes minha própria autorrecriminação por ser tão “sugestionável”, “louca” ou “exagerada”. Perguntava a mim mesma porque eu era “daquele jeito” ou porque não podia me comportar “como todo mundo”. O mero fato de tomar conhecimento da característica da alta sensibilidade ajudou-me a ter mais compreensão das minhas reações e, por conseguinte, a mudar minha atitude em relação a mim mesma.
Isso me recorda uma história contada pela dra. Elaine Aron sobre suas primeiras viagens para promover seu livro. Sentada no avião ela se sentia tomada por verdadeiro pânico, enquanto os filmes mentais sobre tudo o que poderia dar errado se desenrolavam em sua cabeça. A situação se agravava ainda mais pelos seus pensamentos de julgamento sobre si mesma: “Que tipo de louca sou eu? Porque não posso simplesmente aproveitar o meu sucesso”? Foi exatamente o seu reconhecimento de que se tratava apenas da sua reação à excitação provocada pelas viagens e apresentações (reação normal para uma pessoa altamente sensível) que a fez parar com as autoacusações e concentrar-se, respeitosa e amorosamente, em diminuir seu nível de excitação e realizar o trabalho que a esperava.
Fazendo as pazes com sua sensibilidade
Conhecimento, respeito e amor são as palavras-chave dessa equação. De maneira geral temos uma tendência a reproduzir a forma como fomos tratados na infância. Se crescemos ouvindo de nossos pais que deveríamos “parar com tanto choro”, “deixar de ser medroso” e outras frases como estas, é bastante provável que incorporemos uma voz interior que repete essas e outras críticas sempre que consideramos nosso desempenho abaixo do esperado. Acontece que, tal como ocorria na nossa infância, este tratamento não só não nos acalma como, geralmente, aumenta o nível de ansiedade tornando o nosso desempenho ainda pior e afetando fortemente a nossa autoestima.
É claro que alguns de nós tivemos pais atentos e sensíveis que nos ajudaram a enfrentar situações potencialmente estressantes e com isso desenvolver a confiança e autoestima. Mas, infelizmente este não parece ser o caso da maioria. Assim, é sua tarefa conhecer, respeitar e amar a sua sensibilidade, a fim de que possa desenvolver segurança e autonomia para expor-se e atuar no mundo. Estando consciente desta característica você pode adaptar seu estilo de vida de forma a aproveitar melhor suas vantagens e, ao mesmo tempo, proteger-se dos incômodos que podem se manifestar em seu dia a dia se não levar em conta sua sensibilidade.
Saber que você é uma pessoa altamente sensível é importante. Entender como funciona o sistema neurossensorial de uma PAS lhe dá uma ferramenta fundamental para lidar com a característica no dia a dia. Descobrir mais sobre o traço e descobrir mais sobre a maneira específica como ele se manifesta no seu caso, pode lhe dar a segurança necessária para arriscar-se e mostrar-se ao mundo, compartilhando não apenas a sua sensibilidade como todos os seus dons. Já imaginou o que teria acontecido se a própria Elaine Aron não tivesse descoberto dentro de si os recursos necessários para aventurar-se?
Se quiser saber mais sobre as ferramentas que você também pode utilizar para canalizar positivamente a sua sensibilidade, conheça o PAS- Programa Ame sua Sensibilidade e saiba se um trabalho de coaching é adequado para você