Ser altamente sensível no trabalho

Ser altamente sensível no trabalho

04/07/2016 artigos Rosalira Oliveira

altamente sensível no trabalho

De saída preciso reconhecer que a necessidade de trabalhar, da forma como está organizada a maioria dos locais de trabalho, pode ser uma das experiências mais difíceis para as pessoas altamente sensíveis. A pressão dos prazos; os conflitos entre colegas de trabalho; as exigências da chefia; o modelo gerencialista baseado em metas a cumprir, que se tornou comum na maioria das organizações…. Enfim, tudo isso é mais do que suficiente para desequilibrar qualquer pessoa, imagine uma PAS que sente e processa tudo com uma intensidade acima da média?


No nosso caso outros fatores também atuam como estressores, entre eles: a confusão do tráfego nas grandes cidades; o barulho constante das conversas e dos equipamentos eletrônicos; a falta de luz e ventilação natural, além do fato de que muitos escritórios adotaram a prática de colocar seus funcionários em salas enormes, tirando-lhes qualquer privacidade, etc. Simplesmente coisas demais para serem processadas pelo nosso altamente reativo sistema neurossensorial.

 

Esse cenário pode, ainda, agravado pela nossa própria tendência ao perfeccionismo e à autoexigência, além da busca por aprovação, que pode nos levar a aceitar cada vez mais tarefas desconsiderando nossos limites. Esse quadro pode gerar uma pressão (e uma opressão) capaz de nos tirar o prazer do trabalho e, no limite, levar a casos de esgotamento, burn-out e depressão.

 

É preciso lembrar que todos nós, sejamos PAS ou não, dispomos de uma quantidade determinada de energia para a realização das nossas atividades diárias. Esta energia é reposta através do repouso (do corpo e da mente), da alimentação, da respiração, etc. Quando desequilibramos esta relação entre gastar e gerar energia, criamos um déficit que se torna mais danoso à medida que vai se acumulando. Uma pessoa que é altamente sensível recebe e processa mais informação e gasta mais energia, portanto, se cansa com mais facilidade. Se você trabalha demais e não se permite momentos de repouso verdadeiro, está consumindo suas reservas de energias e abrindo caminho para enfermidades físicas e psicológicas.

 

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Em um dos seus livros sobre o tema da alta sensibilidade, a dra. Elaine Aron nos dá um exemplo desta situação através da história de Greg, um professor que a procurou pensando em desistir da profissão que amava por não conseguir mais lidar com as exigências do trabalho. Explorando suas necessidades e alternativas ele foi capaz de fazer mudanças na sua relação com o trabalho, como reduzir sua carga horária de modo a obter mais tempo para relaxar e recompor suas energias. Embora, a princípio tenha se sentido constrangido por trabalhar “menos que os demais”, Greg deu-se conta que essa atitude lhe permitiu recuperar o entusiasmo pelo magistério e o prazer de dar aulas.

 

Aprendendo a se cuidar

 

É verdade que nem todos podemos reduzir o número de horas que passamos no trabalho, mas podemos (precisamos) assumir a responsabilidade de lidar melhor com essas horas. Precisamos rever nosso comportamento no local de trabalho, tendo o respeito à nossa sensibilidade como um guia.

 

É importante aprender dizer não e recusar mais uma tarefa quando já se está no limite. É importante escutar o próprio corpo. É importante respeitar sua reserva energética e aprender a renovar sua energia. É importante parar de vez em quando para desconectar-se, esticar as pernas e respirar um pouco de ar fresco (ao invés de checar mais uma vez o Facebook ou o WhatsApp). Se você deseja conhecer algumas outras maneiras de proteger a sua sensibilidade no dia a dia, pode clicar aqui para receber gratuitamente meu e-book “Dez estratégias para conviver com a alta sensibilidade”, espero que ele possa lhe inspirar a adotar algumas práticas de prevenção e autocuidado. 

 

Porém se, embora considerando este esforço importante, você  sente dificuldade em implementá-lo talvez precise de um coach. Às vezes, o simples ato de reconhecer suas necessidades e explorar as alternativas pode gerar uma nova perspectiva que facilite a mudança e um coach é alguém treinado para ajudá-lo na realização dos seus objetivos. Talvez lhe aconteça o mesmo que a Greg que, dez anos após o trabalho com a dra. Aron, continua feliz na profissão que escolheu se sentindo valorizado e respeitado, tanto pelos colegas quanto pelos alunos.

 

Se quiser saber mais sobre o coaching para pessoas altamente sensíveis, conheça o PAS- Programa Ame sua Sensibilidade. Sera um prazer trabalharmos juntos

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Sobre o autor
Rosalira Oliveira Sou coach com formação em coaching ontológico e especializada em alta sensibilidade. Fiz minha transição recentemente, quando encerrei meu ciclo como pesquisadora e doutora em antropologia cultural e tornei-me criadora do “Ame sua sensibilidade”, um programa de coaching destinado a ajudar as pessoas altamente sensíveis a compreender e integrar em essa sua característica, de modo a viver uma vida com mais felicidade e significado.

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