Descobri que sou uma pessoa altamente sensível. E agora?

Descobri que sou uma pessoa altamente sensível. E agora?

28/05/2016 artigos,destaque Rosalira Oliveira


pessoa altamente sensível

Talvez o título lhe pareça engraçado. Talvez simplesmente sem sentido. Como assim e agora? Agora consigo compreender muitas das minhas reações, deixei de me sentir inferior aos demais, me sinto feliz, me sinto liberta. Como assim, e agora?

 

Esta é, sem dúvida, uma das reações mais comuns ao descobrir a característica da alta sensibilidade. De repente tudo faz sentido e desfrutamos a alegria de, finalmente, conseguirmos compreender a nós mesmos e muitas das nossas atitudes e sentimentos.

 

Entretanto, logo em seguida passamos por uma mudança de perspectiva. Permanece o alívio de se saber “normal”, ainda que um pouco diferente da maioria das pessoas, mas apresenta-se a questão de o que fazer com essa descoberta. Afinal, conhecer a alta sensibilidade, ainda que seja profundamente libertador, não resolve, por si só, os desafios que conviver com esta característica nos apresenta. Também pode ser bastante difícil comunicar o sentido dessa descoberta as pessoas próximas (conjugue, filhos, amigos, colegas de trabalho). Inclusive pode ocorrer que, de tanto sair falando sobre a sua sensibilidade e não encontrar nos demais o mesmo entusiasmo, você volte a ter aquela velha sensação de que “ninguém me compreende”.

 

A importância do equilíbrio

A dificuldade de saber como lidar com essa nova percepção pode levar a algumas atitudes extremadas. Seja a de considerar-se de algum modo “especial” ou “melhor que os outros”, seja a de usar a sensibilidade como uma desculpa para evitar correr riscos ou impor suas necessidades aos demais. Integrar a sensibilidade à vida cotidiana incrementando as mudanças que se creem necessárias, pode ser (e é na minha opinião) o maior desafio. É necessário todo um aprendizado e um reconhecimento, não apenas da sua característica, mas também do seu entorno, seus projetos e suas relações para conseguir chegar a este ponto de equilíbrio. A escritora e coach especializada em alta sensibilidade Karina Zegers de Bejil, conta a história de uma cliente que, após descobrir-se altamente sensível, simplesmente comunicou ao marido que passaria a trabalhar apenas dois dias na semana para poder dedicar-se a sua paixão pela pintura (o que satisfazia aos anseios da sua sensibilidade). Pode-se imaginar a reação do marido. Apesar de se sentir feliz pela descoberta da esposa, ele não se sentia do mesmo modo quanto à possibilidade de precisar arcar sozinho com o sustento da família para que ela pudesse dar plena vazão ao seu lado artístico!

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Primeiros passos

Então o que fazer? A resposta mais honesta é não sei. Cada um de nós tem um caminho próprio a seguir e neste caminho a alta sensibilidade pode ser um guia poderoso ou um fardo pesado, a depender das nossas escolhas. Pensando em meu próprio aprendizado me vêm à mente alguns passos.

 

1. Assumir a responsabilidade pela sua sensibilidade: Lembro que responsabilidade diz respeito à “habilidade em responder”. É seu trabalho conhecer mais sobre a sua característica e aprender a lidar com ela.
2. Aumentar o seu nível de autoconhecimento: A alta sensibilidade é uma característica genérica. É importante saber como esta característica se expressa em você para poder distinguir em quais aspectos da vida é essencial fazer mudanças e em quais trata-se, simplesmente, de desenvolver estratégias de adaptação a um mundo menos sensível.
3. Autoestima: para poder fixar-se mais em si mesmo e buscar o próprio caminho, dependendo menos da aprovação alheia
4. Confiança em si mesmo: para fazer as mudanças que ao final desse processo se revelarem importantes para você. E confiança na sua intuição para lhe mostrar quais são estas mudanças.

 

Este é um trabalho para a vida inteira. Mas, para ser honesta, tem mais o caráter de uma aventura do que o de uma tarefa. Uma vez que nos abrimos ao desfrute da nossa sensibilidade, ela se torna, realmente, um presente, para nós mesmos e para as outras pessoas. Para ajudar nessa caminhada, você pode baixar gratuitamente o e-bookDez estratégias para conviver com a alta sensibilidade”. Desejo-lhe uma boa e proveitosa leitura.

 

Se em algum ponto do caminho você sentir necessidade de ajuda e quiser saber se um trabalho de coaching seria o indicado nesta etapa da sua vida, conheça o PAS- Programa Ame sua Sensibilidade.

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Sobre o autor
Rosalira Oliveira Sou coach com formação em coaching ontológico e especializada em alta sensibilidade. Fiz minha transição recentemente, quando encerrei meu ciclo como pesquisadora e doutora em antropologia cultural e tornei-me criadora do “Ame sua sensibilidade”, um programa de coaching destinado a ajudar as pessoas altamente sensíveis a compreender e integrar em essa sua característica, de modo a viver uma vida com mais felicidade e significado.

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